quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Não fui eu... Foi ele!

Gente, confesso que tenho ficado confusa com o volume  e  o tom das conversas, a qualidade e confiabilidade das informações quando falamos da vida política no Brasil.  São tantas e tão contraditórias que comecei  seriamente questionar a minha capacidade de compreensão das coisas. Independente de qualquer coisa, de quem ganhar e de quem perder, o momento que atualmente vivemos nos convida a assumir uma posição,  para além da política  mas tentar analisar as coisas como elas são.
Primeiro, nao dá mais para justificar os malfeitos (adoro esta palavra cunhada pela Presidenta) de uns pelos malfeitos dos outros. Não somos crianças para ficar dizendo: mamãe,  foi ele que começou. Corrupção,  ladroagem, bandidagem, falta de ética,  puxar tapetes sao cousas que definitivamente não podem acontecer!!!!!!! Me cansa essa história de mensalão tucano e petista: os dois são errados, práticas condenáveis,  devem ser julgados e os responsáveis em todas as instâncias,  devidamente punidos. Se acontecia antes, por que não se denunciou? Se estava errado, por que fez também?  Vamos fazer uma combinação?  NÃO PODE, É ERRADO,  ANTIETICO E, PRINCIPALMENTE, OS FINS NÃO DEVEM JUSTIFICAR OS MEIOS.
Segunda coisa: tenho muita dificuldade em compreender essa tal distribuição de renda e diminuição das desigualdades sociais. Compreendo que houveram avanços significativos. Bolsa Família e outras políticas publicas para transferência de renda sao sim fundamentais e elas realmente estão diminuindo desigualdades, mas partindo de uma premissa que me preocupa, pois é frequente em regimes totalitários: igualar por baixo. Estamos, ao meu ver,  com todas as limitações conceituais que contaminam a  visão,  fazendo isso quando não atrelamos programas de distribuição de renda a investimentos massivos em educação Básica de qualidade, em saúde coletiva, preventiva e com foco na promoção da Saúde. Ainda estamos no campo das suaves tentativas. É um mérito vincular o bolsa família à freqüência escolar e ao controle nutricional e vacinal e colocar a gestão do dinheiro na mão de mulheres. Mas Já é tempo de avançarmos mais, investindo em formação de professores e construindo uma carreira que seja atrativa para estes profissionais em todo país!!!!
Escolas em tempo integral, com cirúrgicos variados, mas que foquem em primeiro lugar no desenvolvimento da criatividade, das habilidades cognitivas formais, na capacidade em resolver problemas, que ensine a ler, escrever e contar!!!! É o mínimo!!!!
E por fim, o país continua desigual como sempre. É no mínimo ingênuo acreditar que os muito muito ricos realmente se interessaram com os muito muito pobres. E a classe média que bate panela não é o rico, fique bem claro. Esse povo é o que não usufrui praticamente nenhum programa governamental, rala absurdamente para garantir um padrão razoável de vida, pagando escola, plano médico, mundos de impostos e pasmem: tentando ser éticos e honestos. Esse povo tentou ir para a rua protestar e foi duramente massacrado pela violencia embutida nas manifestações. E aí? Entre perder o emprego e ir para a rua, preferiram o emprego e o silêncio. E bola pra frente até quando o bolso aguentar Esse maniqueísmo bem e mal, eles e nós é no mínimo burro!!! FHC é da mesma classe social que o LULA!!!!! Rico continua rico... E pobre continua pobre, meu amor...

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